10 fevereiro 2007

Um Cigarro, Um Drink E Um Tiro Para O Renato Cordeiro

POESINHA (POESIA NÃO É POEMA) CON CRE TIS MO
Com certeza o Renato Cordeiro (da Silva) é o maior poeta contemporâneo brasileiro. Não digo isso apenas porque conheço sua obra a muito tempo, mas porque estou ciente do que está acontecendo no cenário literário nacional como um ponto de confluência de tudo o que é escrito e publicado, seja em bits ou em âtomos. espaçamenteto espaçamenteto espaçamenteto espaçamenteto espaçass
O Renato Cordeiro era um rapazinho extremamente trabalhador. Trabalhador e estudioso, sempre foi o melhor aluno da classe; evidentemente era meio nerd. O que ele mais fazia era ler. Ler e, provavelmente pensar, que é isso que os livros fazem com as pessoas. Porra, o Renato Cordeiro se tornou um grunge do caralho, com cavanhaque, camisa xadrez e tudo mais; nunca carregou um skate, acho que nunca nem montou em um; carregava o violão, pra cima e pra baixo. Eu, particularmente, não gosto de ter de ficar ouvindo os caboco ficarem tocando violão no meio da conversa, but... espaçamenteto espaçamenteto espaçamenteto espaçamenteto espaçamenteto espaçamenteto Diz a lenda que o Renato Cordeiro teve alguns anos (e diz-se que os do período mais profícuo, embora quantidade não seja qualitade... tá tá tá!) diz a lenda que ele teve alguns anos de sua obra literária queimados, incinerados, destruídos irrecuperavelmente por uma menina. No começo dos anos noventa ele andava com três amigos, eles se nomeclaturavam, nos momentos de sumo delírio, Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse; ele era a Guerra. Foi o segundo a escolher um posto, primeiramente foi a Morte. A tatoo dele é uma espada. Ele leu O Pequeno Príncipe, e fez parte da cagada que incendiou a Livraria Curitiba, incêndio este cujo mal maior foi a perda de algumas obras originais do Poty.
"Sem novidades no front" desenho de 1988
Estas coisas sobre o Renato Cordeiro, e mais altas outras, me lembraram da piada dos três caras que foram presos, cada um teria direito a um pedido, um pediu mulheres, o outro livros, o utro cigarros, ao fim da pena, quando foram libertados, saíram correndo da primeira cela um monte de crianças, da segunda saiu um cara com o crânio até inchado de tanto ler, da última saiu o caboco desesperado, implorando, "um palitu di fosfu pelu amor di Deus".
Renato
08/10/2005 22:59
à maquina
à maquina eu bato à maquina uma carta que deveria ser dita em mãos mas estou sempre bêbado demais ou muito são escrevo como quem não diz palavrão ou como quem não faz uma oração ou como quem dorme num furacão ou como quem come uma razão meu coração está com câimbra meu cérebro está com íngua eu escuto a sua voz mas não entendo a sua língua não pego a sua mão não a tiro pra dançar sem silêncio e sem cantar eu bato à maquina o meu coração numa carta sem canção numa noite sem perdão sem benção e sem ninguém.
Deu pra saca? O negócio é ficar de olho no que esse caboco escreve, e se tiverem oportnidade, tirem fotos e peçam altógrafos para deixar de recordação orgulhosa para algum decendente que se importe com coisas que prestam.
Renato: Faço sempre o mesmo Verso do contrário Inverso Lugar mais comum É um, sem nós É outro, ou Te amos demais Ou a mim pouico Não me vejo refletido No espelho d’agua pesada De nossa fusão a frio A noite cai macia Como um brinco De pena leminsko
3 Mar (20 horas atrás)
Renato: Ex(tan)kad’olor(hai)caihàenmi tankas haicai e o que dói Lemisnkeando na merda da capital simbolista A minha cara mais estúpida inventei pr’o seu sinlêncio num relâmpago cala sua música-movimento a guria do olho e(x)treito não gosta de suas ancas meus olhos amam há pés cansados ônibus lotados e olho algum, claro bailarina esquiva em cima em pé fumaça se afina minha vida sem sua fé cinza fria no vão da blusa fina da axila brotam pelos eu velo, e os beijos? me dou lhe em rimas Fica mais Fácil me dar se, guria Seres humanos somos Feitos de fósforo Cálcio, potássio, água Carbono e há Vezes sonhos Meu lábio anda Pálido seu hálito Abranda: vento Tenho dedos curtos E morenos como chuva Entre sua pele e a blusa A lua tênue Ilumina a luz Da sua pupila Menina no fundo Azul dê-me Em curitiba é mais Fácil foder versos Que fazer filhas Preciso estar atento Há boas noites Bom tempo Mas seu vento Frio fere como foice mais con cre tis mo

Nos anos noventa, o Renato Cordeiro e eu gravamos, em uma fita K-7, nós mesmos recitando poemas nossos.

Me lembro que o primeiro lado da fita acabou mas o botão do recorder não sinalizou, e continuamos recitando, quando vimos, por não termos idéia de quais poemas não estavam gravados, e porque já estávamos muito bêbados, resolvemos gravar umas músicas.

Well! Eu vou preparar um bem-bolado com as poesias recitadas e algumas imagens que eu filmei de uma tempestade de ráios, postarei no You Tube, depois transferirei uma cópia da parada do You Tube para cá, socarei um texto biográfico bem fudidão e tah certo! Aí eu quero ver se poderão ou não sacar qual que é a parada: as palavras com a emoção da falta de fôlego e da tosse tabagista da realidade sem ensaios, e sem (com certeza) nenhuma intenção de improvisar. Como se a performance fosse uma atividade exclusivamente surrealista, e exigisse de nós emoção e originalidade.

3 Mar (20 horas atrás)

30 janeiro 2007

Finalmente, Música Que Presta

  • Então, existe essa comunidade misteriosa lá no orkut, chamada Discografias, no seu forum há um tópico que se chama Música Clássica, Orquestrada e Erudita; até agora há 185 postagens. Aparentemente, a quem mais contribui para o forum é uma pessoa chamada Fran. Ela posta coisas interessantíssimas.

  • Contrabandeei links do Beethoven, mas há realmente tudo. Imagino o que ela não faria com um site! É o que eu sempre digo!
  • Agora, baixem Beethovem. É uma ordem.
  • Ah! E digam não a todas as ordens, isso é outra ordem.

  • Beethoven : Symphony No. 2 e 5Album : Schicksals-SymphoniePhilharmonisches FestspielorchesterDir.: Vladimir Petroschoff
  • Symphony No. 201. Allegro con brio02. Andante con moto03. Allegro04. Allegro
  • Symphony No. 505. Adagio molto, Allegro con brio06. Larghetto07. Scherzo- Allegro08. Allegro molto
http://rapidshare.com/files/2184515/LVB_Sym2_5_124Mo.part1.rar http://rapidshare.com/files/2183950/LVB_Sym2_5_124Mo.part2.rar
  • Symphony No. 3Philharmonisches FestspielorchesterDir.: Vladimir Petroschoff
  • Allegro con brio02. Marche funebre- Adagio assai03. Scherzo- Allegro vivace04. Finale05. Les Adieux06. L'absence07. Le revoir
http://rapidshare.com/files/2182984/LVB_Sym3_123Mo.part1.rar.html http://rapidshare.com/files/2181900/LVB_Sym3_123Mo.part2.rar.html
  • Symphony No. 7 & 8Slovak Philharmonic Orchestra
  • Symphony Nº 7 Opus 9201.Poco Sostenuto - Vivace02.Allegretto (Marcia funebre)03.Presto04.Finale- Allegro con brio
  • Symphony Nº 8 Opus 9305.Allegro vivace e con brio06.Allegretto scherzando07.Tempo di menuetto08.Finale - Allegro vivace
http://rapidshare.com/files/2181405/LVB_Sym7_8_122Mo.part1.rar http://rapidshare.com/files/2180912/LVB_Sym7_8_122Mo.part2.rar
  • Symphony No. 9Dir.: Herbert von KarajanReleased Date : 1984
  • D minor Op. 125 Allegro ma non troppo02. D minor Op. 125 Molto vivace03. D minor Op. 125 Adagio molto e cantabile04. D minor Op. 125 Presto Allegro assai
http://rapidshare.com/files/2180417/LVB_Sym9_115Mo.part1.rar http://rapidshare.com/files/2179909/LVB_Sym9_115Mo.part2.rar
  • Adágios
  • Senha: Sankerib
http://depositfiles.com/files/64320/LWB_BA1.rar.html http://depositfiles.com/files/64605/LWB_BA2.rar.html
  • Sinfonia Nº9 em Ré Menor, pela Orquestra Filarmônica de Berlim.
  • 1.Allegro Ma Non Troppo, Un Poco Maestoso2.Molto Vivace3.Adagio Molto e Cantabile4.Presto5.Presto / 'O Freunde, Nicht Diese Tone!' / Allegro Assai (Coro Final Extraído de Ode á Alegria de Schiller)
http://d.turboupload.com/d/773891/Sinfonia_N9_Pela_Orquestra_Filarmnica_de_Be.rar.html
  • Piano Concerto No 1 & No 3
http://rapidshare.de/files/27305542/Eternal.Classics.CD01_Beethoven.part1.rar http://rapidshare.de/files/27305626/Eternal.Classics.CD01_Beethoven.part2.rar http://rapidshare.de/files/27304134/Eternal.Classics.CD01_Beethoven.part3.rar http://rapidshare.de/files/30702746/Climax014b.part3.rar http://rapidshare.de/files/30698540/Climax014b.part2.rar http://rapidshare.de/files/30694540/Climax014b.part1.rar http://rapidshare.de/files/30690504/Climax014a.part3.rar http://rapidshare.de/files/30685201/Climax014a.part1.rar http://rapidshare.de/files/30685200/Climax014a.part2.rar

27 janeiro 2007

Pra Quem Manja De HQs Da Pesada

Clic na imagem, digite a senha e baixe os arquivos.
Chutei esta parada do Rapadura Açucarada, a senha é reverso. Tem muito mais coisas neste lugar, saca só, American, Batman, Colossus, Criminal, Crossing, Demon, DMZ, Enki Bilal, Hellblazer, Hypercomix, Hércules, Kin, Kung Fu, Last Man, Manara, Obergeist, Osamu, Patota, Pesadelo, Power, Pride, Ps238, Rockets, Rom, Spiderman, Superman, Surfista, Testament, Tex, Transmetropolitan, Ultra, Vamps, Wolverine.
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Como O Corpo Humano É Perfeito Para Nos Explicar Sobre O Nosso Corpo!

Tudo que leio... some da minha cabeça, o que ficam são impressões acerca do que li. E eu nem preciso dizer como tudo é tão impreciso e fugidio. O que eu tô ouvindo é Hendrix. Outro dia li algo sobre a Fortuna. São 5:24 h. da manhã, eu tô muito afim de dormir, faz uma meia hora que eu cheguei em casa, e eu preciso laricar antes, por isso não vou buscar p... nenhuma na net, vou mandar altas imprecisões, mas, no final, cumprirei a minha intenção, que, embora seja parca, não é mesquinha.

Saca só, a parada da Fortuna, fala sobre sorte, oportunidade... meu... eu nem sei se é sobre a Fortuna mesmo... mas... que se f..., vamos lá. A Fortuna é, na mitologia que eu vi, uma mulher com apenas um tucho de cabelos na testa, como um unicórnio capilar, e, de resto, totalmente careca, ela passa, e se não a agarrarmos, não adianta correr atrás.

Numa primeira leitura, esta mitologia da uma sensação de impotência, mas o lixo da coisa é que, na verdade, a Fortuna passa o tempo todo na frente da gente, tem uma cabeleira emaranhadora e, além de tudo, é muito safada...

Que tabú castrador nos impede de agarrá-la a todo momento? Do momento que eu comecei a escrever, até agora, eu pensei em diversar conclusões para esta questão e para este texto, mas nenhuma me pareceu plausível. E eu já fodi com o espaço, era pra rolar um texto mais curto, que coubesse nos orkuts indefesos de pessoas esperando por aventuras palpáveis e não por emoções inocentes e despropositadas como a leitura.

Então, eu acho o seguinte, a Fortuna tá aqui, flanando pra lá e pra cá igualzinho a gente, se ela te deu uma oportunidade e vc não soube aproveitar... saca só o detalhe... saque a diferença entre correr atrás e encher o saco.

25 janeiro 2007

Pro Joel Fazer Um Orkut

Se os dados estiverem corretos, a coisarada começou em 20 de dezembro de 2006. Cito isso porque, pelo cuidado, aprumo, zelo e acervo (quantidade e qualidade), parece que a coisa tá rolando a muito mais tempo, mas é que não é feita por apenas duas mãos.
Não posso precisar as informações acerca de datas ou sobre as pessoas citadas, pois foi tudo colhido no Orkut, um veículo que só começa a se tornar respeitável por empreendimentos como o do Raphael, Aline, Mayara and Young Kakashi. Nos perfis do Orkut consta que o Raphael é do Rio Grande do Sul, terra do Gambrinus, a Mayara é de Pernambuco, o Young é do Japão e a Aline não tem este dado exposto no seu orkut. Este pessoal está fornecendo uma material sobre séries (dos EUA), são links com temporadas completas, umas dubladas, outras legendadas, é muita coisarada, tem de Macgyver à Lost, passando por Beast Wars, Nip/Tuck, C.S.I., Smallville etc. etc. etc. etc. etc..
Então é isso, é conferir, o endereço é http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=25355705 os links estão no forum da comunidade; e só serve pra quem tem um orkut...
... Joel, vc não vai poder baixar a série completa do Jiraya, vc não tem esta merda, e nem deve se prender a ela, Orkut é foda, mas, saca só, a comunidade se chama Crazy For Séries (é, assim mesmo, escrito em inglês e português), e com certeza ainda se tornará um grande site, ou vai, pelo menos, servir de subsídio para alguém fazer o seu próprio local usando o material, que tá lá, freedom.

12 janeiro 2007

Partituras - Compartilhamento

Vou postar aqui uns links de lugares onde se compartilham partituras, é pouca coisa, mas são de lugares de confluência de informações, assim, é só procurar bem procuradinho que se pode achar de tudo. Uma coisa importante de se lembrar é que não basta procurar; ficar garimpado preciosidades pela net, é claro que se pode encontrar muita coisa legal, mas o mais importante é o ato de compartilhamento de informações. Só através do compartilhamento poderão surgir lugares realmente úteis e práticos para se encontrar e se postar partituras (e todos os outros tipos de informações). Outra vantagem do compartilhamento é o diálogo que permite que haja entre os interessados do mundo inteiro.
http://www.tocando.com.br/ http://sombrasil.ig.com.br/ http://www.ethosbrasil.com/nav/partit.htm http://www.abrahamespinosa.com/partituras2.htm http://foudemusique.free.fr/partitions/partitions_jazz.php http://www.diminuto.braskernel.com/ http://www.ultimate-guitar.com/ http://www.clickmusical.mus.br/ http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=373213 http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=59777

10 janeiro 2007

Amar...

Vou postar estes poemas do Neruda, que eu mesmo (ainda) estou digitando (eu, diga-se de passagem). São cinco e doze da manhã. Eu cheguei em casa quatro e pouco. Fui ficando louco e decidi, às quatro e cinqüenta e quatro, postar estes textos. Eu cheguei em casa com as costas arranhadaças por pular uma tremenda cerca de arames farpadíssimos (tô exagerado! Sohhh uhsasuha também), enfim, cheguei em casa com amor no corpo. Foi massa! Sou do tipo, segundo uma professora de Literatura minha (Nossa! O suor está ardendo as minhas arranhaduras...) eu sou do tipo de amor Sátiro ou Eros, sei lá, qualquer coisa que envolve putaria. Mas é amor! But... Então! Então eu cheguei em casa, comecei a ler Neruda e a pirar, e decidi postar uns poemas dele para celebrar o amor. Primeiro eu procurei ver se achava umas paradas do Cem Sonetos de Amor, que é o livro que eu estava lendo, nem achei, mas, também, eu busquei de qualquer jeito. Que se foda! Já digitei um, digitarei mais. Pronto, estão os três digitados. Vou digitar também o prefácio do livro e postar esta parada antes que o fogo apague e eu me arrependa deste arroubo passional. Portanto, ao Neruda. CEM SONETOS DE AMOR – PABLO NERUDA A MATILDE URRUTIA Senhora minha muito amada, grande padecimento tive ao escrever-te estes malchamados sonetos e bastante me doeram e custaram mas a alegria de oferece-los a ti é maior que uma campina. Ao propô-lo bem sabia que ao costado de cada um, por afeição eletiva e elegância, os poemas de todo tempo alinharam rimas que soaram como prataria cristal ou canhonaço. Eu, com muita humildade, fiz estes sonetos de madeira, dei-lhes o som desta opaca e pura substância e assim devem alcançar teus ouvidos. Tu e eu caminhando por bosques e areais, por lagos perdidos, por cinzentas latitudes recolhemos fragmentos de pau puro, de lenhos submetidos ao vaivém da água e da intempérie. De tais suavíssimos vestígios costruí com machado, faca, canivete estes madeirames de amor e edifiquei pequenas casas de quartorze tábuas para que nelas vivam teus olhos que adoro e canto. Assim estabelecidas minhas razões de amor te entrego esta centúria: sonetos de madeira que só se levantaram porque lhes deste a vida. LXXXIX Quando eu morrer quero tuas mãos em meus olhos: quero a luz e o trigo de tuas mãos amadas passar uma vez mais sobre mim seu viço: sentir a suavidade que mudou meu destino. Quero que vivas enquanto eu, adormecido, te espero, quero que teus ouvidos sigam ouvindo o vento, que cheires o amor do mar que amamos juntos e que sigas pisando a areia que pisamos. Quero que o que amo continue vivo e a ti amei e cantei sobre todas as coisas, por isso segue tu florescendo, florida, para que alcances tudo o que meu amor te ordena, para que passeie minha sombra por teu pêlo, para que passeie minha sombra por teu pêlo, para que assim conheçam a razão de meu canto. XCII Amor meu, se morro e tu não morres, amor meu, se morres e não morro, não demos à dor mais território: não há extensão como a que vivemos. Pó no trigo, areia nas areias, o tempo, a água errante, o vento vago nos transportou como grão navegante. Podemos não nos encontrar no tempo. Esta campina em que nos achamos, oh pequeno infinito! devolvemos. Mas este amor, amor, não terminou, E assm como não teve nascimento morte não tem, é como um longo rio, só muda de terras e de lábios. XCIII Se alguma vez teu peito se detém, se algo deixa de andar ardendo por tuas veias, se tua voz em tua boca se vai sem ser palavra, se tuas mãos se esquecem de voar e dormem, Matilde, mor, deixa teus lábios entreabertos porque esse último beijo deve durar comigo, deve ficar imóvel para sempre em tua boca para que assim também me acompanhe em minha morte. Morrerei beijando tua louca boca fria, abraçando o cacho perdido de teu corpo, e buscando a luz de teus olhos fechados. E assim quando a terra receber nosso abraço iremos confundidos numa única morte a viver para sempre de um beijo a eternidade.

08 janeiro 2007

Eu Assisti Este Filme Na Cadeia Na Noite Da Eleição, Quando Houve Uma Fuga

Extermínio (28 Days Later, Inglaterra, 2003) Por: Katchiannya

Durante muito tempo Danny Boyle foi um dos meus diretores favoritos. Amei Transpotting, adorei Cova Rasa (especialmente o final), gostei muito de Por Uma Vida Menos Ordinária. Mas, então, eis que me surge no meio do caminho A Praia. Enquanto todas as menininhas esperavam esse filme com expectativa por ser o mais novo filme do Leonardo Di Caprio (vivendo sua glória pós-Titanic), eu vibrava com a possibilidade de ver mais um filme de Boyle. Mas, que decepção. O filme era uma bomba completa, com exceção de algumas poucas seqüências como a que o personagem de Di Caprio delira que está dentro de um vídeo-game.

Quando soube do lançamento de Extermínio fiquei dividida. Será que Boyle teria retornado à velha forma ou eu estaria diante de um novo desastre? Teria eu coragem de ver esse filme?

Apesar dos receios, tudo apontava para que eu decidisse ver o filme. As informações sobre ele eram as mais promissoras, a história interessante e, além de tudo, era um filme de terror (eu amo filmes de terror) e de zumbis (adoro filmes de zumbi).

Decidi pagar para ver e não me arrependi. O filme é muito, muito, muito bom!!!! Danny Boyle como nos velhos tempos ou talvez melhor.

Filmado com cameras digitais, o filme tem todo o jeitão de filme independente e de baixo orçamento como alguns clássicos do gênero costumam ter (A Morte do Demônio - ou Uma Noite Alucinante I -, O Massacre da Serra Elétrica, A Noite dos Mortos Vivos, só para citar alguns exemplos). Boyle nos lembra o que a grande maioria das produções de terror hollywoodianas vive se esquecendo: um bom filme de terror não se faz com grandes efeitos especiais, mas com uma história intrigante e sugestiva, que sabe dosar de forma equilibrada ação, suspense, sustos e pavor. Algo que faz gelar sua espinha pela possibilidade, ainda que remota, de se tornar real.

Em um futuro recente, na Inglaterra, um grupo de ambientalistas resolve invadir um laboratório que usa animais como cobaias. Mas eles chegam tarde demais, pois os macacos a serem libertados já estão infectados com um vírus letal e incontrolável: a Raiva. Não aquela raiva comum do "cachorro de boca espumante", mas uma muito pior, que elimina no infectado qualquer sinal de racionalidade. Ele se torna uma besta insana e sedenta de sangue, um morto-vivo cujo maior e único desejo é trucidar tudo e todos que estão no seu caminho. Pois bem, uma das ativistas é atacada por um macaco e infectada. 28 dias depois (como diz o título original do filme), a doença se torna uma epidemia e toda a Inglaterra é devastada. É nesse cenário que o entregador Jim (Cillian Murphy) acorda depois de um mês de coma. Vagando por uma Londres deserta, ele acaba se deparando com Selena (Naomie Harris), Frank (Brendan Gleeson) e sua filha Hannah (Megan Burns) e descobrindo a terrível verdade sobre o que aconteceu enquanto dormia. Aprende também que o vírus se transmite através do contato de sangue com feridas ou mucosas (boca, olhos, etc) e uma vez infectado deve-se matar a vítima imediatamente, independente de quem ela seja, pois após 20 segundos ela já está completamente dominada. Juntos eles decidem ir até Manchester, onde o exercíto teria a solução para a epidemia?

A história, escrita por Alex Garland, usa com primor o velho artifício "pessoa comum diante do desconhecido aterrorizante", cria personagens consistentes com as quais é possível se identificar e envolver. Eles não são apenas os heróis do filme, mas pessoas que sofreram duras perdas, buscam sobreviver, mas também algo mais em suas vidas. Boyle e Garland conseguem entremear a trama com momentos de emoção, ternura e até um pouco de poesia sem quebrar o ritmo tenso da história, muito pelo contrário, é pelo contraste com esses momentos que muitas vezes a tensão é produzida. As sequências de Londres completamente deserta são inacreditáveis e impactantes. Dá para sentir o desespero de se encontrar completamente sozinho em uma grande, barulhenta e populosa metropólis. Totalmente desolador.

A idéia de tornar os zumbis mais fortes, mais rápidos e incansáveis que uma pessoa comum, ao invés de do usualmente lentos e arrastados, além de ser bem plausível (o vírus retira todas as inibições psicológicas que protegem nosso organismo dos danos de um esforço extremo), também passa aquela idéia de um predador selvagem e incontrolável atrás de sua presa. Fugir de um zumbi seria tão ou mais aterrorizante que fugir de um tigre.

A opção de um elenco completamente desconhecido para não desviar a atenção da história e reforçar essa idéia de pessoa comum também foi outro ponto positivo da produção. Tudo bem que no começo senti falta do Ewan McGregor (que usualmente trabalhava com Boyle), mas Cillian Murphy se mostrou extremamente competente como Jim (além de ser um colírio nos olhos para a platéia feminina). Depois de ver o filme cheguei à seguinte conclusão: esse cara tinha que ser o Batman no próximo filme do Morcego. Além de ser fisicamente parecido com Bruce Wayne, ele seria capaz de captar e transmitir a essência da personagem, seja nas cenas de ação quanto naquelas que envolvam toda a complexa neurose e o desejo de justiça do Cavaleiro das Trevas. Era só alguém ensinar Murphy como falar com american accent. :o).

Mas, para não dizer que estou exagerando e babando muito o ovo, o filme possui alguns probleminhas no roteiro, que se questionarmos demais ficam insustentáveis. Além disso, os dois finais (o original - mais comercial- e o alternativo) deixam um pouco a desejar, por serem um pouco clichés. Mas tentei imaginar maneiras mil de finalizar o filme e não consegui encontrar nenhuma sem cair na mesmice. Se alguém souber como terminar um filme de zumbi sem cair no cliché, me dê um toque.

Enfim, se Resident Evil era o exemplo de como não se fazer um filme de zumbis nos dias de hoje (e eu realmente gosto dos jogos), Extermínio é a mostra do que se pode fazer de melhor, comparável em termos de inovação e qualidade ao A Noite dos Mortos Vivos (o original da década de 60) de George Romero, o maior especialista em mortos vivos no cinema.

E antes que eu me esqueça: Danny, parabéns, parece que você consegui retornar à minha lista de diretores preferidos.

Retirado do site A Galaxia

As imagens e os links contidos nelas são coisas minhas.

01 janeiro 2007

Coisas Do Orkut

Rodolfo Brandão masculino Jatay resort (Jataizinho), Paraná Brasil Rodolfo: Assitam, todos, o vídeo do curso de Comunicação Social - Jornalismo - Unopar Londrina 2006. Valeu... http://www.youtube.com/watch?v=9rTLZkZH9OM 18:15 08/11/2006 José Alberto: "Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos." Nelson Rodrigues 08:02 02/11/2006
30/09/2005 00:
Crônica é informalidade. Foi o 1º gênero literário que eu tentei. É ótimo, é a sua voz conversando com alguém que pode te entender plenamente. Com o tempo vc terá os seus leitores, digo, faça como vc é,escreva como vc conversa,usando os recursos que vc usa normalmente.Afinal,crônica é o gênero que mais se aproxima do coloquialismo cootidiano.Se vc mudar o tom de voz e rebuscá-lo,logo vc se cansará. Se vc escrever(crônica, isso só pode ser feito com crôniocas!!!)se vc escrever como vc é de verdade e como vc vê as coisas de verdade, vc nunca vai se enjuar e encontrará leitores que gostarão de vc e não do personagem cronista que vc terá criado.Não digo,com isso, que vc não possa mentir,mentir é a primeira regra da crônica,mas minta coisas verossímeis ao seu dia a dia ou às suas ambições futuras. NÃO SE ESQUEÇA-Crônicar é falar sobre o que está a vlta,sobre o que está acontecendo agora.É falar sobre o cão sarnento atravessando a rua o sobre a atual situação econômica do país..ou sobre as 2 coisas seja vc de verdade. 06:27 27/05/2006 Rodolfo, eu vou falar mais sério do que sempre, CEM ANOS DE SOLIDÃO é o bicho, é o maior livro d todos. Leia logo E várias vezes. uma coiza, de uma lida, mesmo q superficial, a respeito das guerras civís na América Latina, porque o trecho que fala da guerra é o central da estória. outra coisa, cuidado para não se confundir com os personagens, é uma ocorrencia muito corriqueira, todos se chamarão 1) José Arcádio, 2) Aureliano, 3) Arcádio 4) Auréliano José tanto é que os personagens dizem "os aurelianos", no plural, cara, e eles mesmos, os personagens se confundem mas isso vc lerá e entenderá. Eles vivem tão atrazadamente, que nunca viram o gelo, ou imãs, ou verdades geográficas. O místico e o científico se mesclam. Tudo é alquimia, incesto, riqueza e pobreza. É o livro mais sedutor que eu já li. Uma coisa, caso vc queira se preparar melhor para CEM ANOS DE SOLIDÃO, leia A INCRÍVEL E TRISTE HISTÓRIA DE CÂNDIDA ERÊNDIRA E SUA AVÓ DESALMADA,é um prefácio para CEM ANOS DE SOLIDÃO. VIVA GARCIA MÁRQUES 10:26 23/02/2006
Anônimo
03/10/2005 17:16
Não Agüento A Minha Vida É um saco esta vida de gente sem grana! E eu não vou trabalhar mesmo! Não trabalho porque me adiantaria muito pouco, eu não gosto da vida dos meus irmão. Tudo o que eu olho é tão exagerado. Eu só preciso de esmolas, mas as pessoas insistem em me ajudar, para poderem não fazer nada; mas não fazem nada, fazem uma encheção de saco! São impertinentes e bisbilhoteiros. Queria umas esmolas. Cigarro, bebida, buceta, nenhum cachorrinho amigo para me seguir por onde eu me arrastar, não gosto de bichos de estimação. Tô morrendo de saudade da minha gatinha! Hoje eu sonhei com ela. Há dois dias eu não bebo. Que eu não fumo eu já nem sei quanto tempo faz... Amanhã eu vou no neurologista, tenho dor de cabeça. Últimamente não estou conseguindo trabalhar na minha poesia. Já estou trabalhando na sétima. Quero... quero, quero quero quero...
Vinícius
05/10/2005 10:43
2 dias ? fuck ! 2 dias sem beber não neh.... ou essa abstinência acontece pela dor de cabeça ? passo
clic aqui e vá pro Orkut, eu acho, não compreendo essas coisas
Voltei melhorado pra pior Sobre o problemas dos sutiãs
não há foto Anônimo
04/10/2005 00:00
Não ao desarmamento O problema dos sutiãs não é desabotoá-los, que todos já sabemos que é só puxar ao comtrário da ânsia. O problema dos sutiãs são as suas donas. Mas não é disso que eu ia falar. Quanto ao desarmamento, vamos votar 2; não ao desarmamento. O Millor Fernades disse mais ou menos isso, Dizem que o Lula é analfabeto, que é isso, só no ABC ele passou 20 anos.
Vinícius
04/10/2005 08:33
E como assim ? NÃO AO DESARMAMENTO ! L. F. Veríssimo também explicou o seu ponto de vista. cabe agora a opinião do Gabeira. =====*~~~~ passo
José Alberto
25/10/2006 23:53
sutiãs aberto são massa! suas donas sem eles são melhores ainda!